Aquele que...

Aquele que tentou e não conseguiu é superior àquele que nada tentou. (Bud Wilkinson)

sábado, 1 de janeiro de 2011

SOU EU JUIZ DO MEU IRMÃO?



“Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo”.(Romanos 14:10)
Como se libertar do espírito de julgamento?
Antes de responder a essa pergunta vamos verificar algumas palavras segundo o dicionário Aurélio, são elas:

JULGAMENTO: Ato de julgar; sentença; decisão. Exame; apreciação; audiência.
JULGAR: Decidir como juiz ou como árbitro; sentenciar; conjecturar; supor; imaginar; avaliar; formar juízo crítico; sentenciar; decidir; pronunciar sentença; reputar; considerar; ter em conta de.
JUÍZ: O que tem o poder de julgar; Aquele que julga; julgador.
Este é o parecer do Dicionário da Língua Portuguesa segundo Aurélio, e já temos uma compreensão do significado dessas palavras, mas o que a Palavra de Deus nos diz. Como devemos nos relacionar com tais atitudes. O homem, naturalmente, tem a tendência para fazer julgamento, se não o próprio Jesus não nos teria ensinado a esse respeito quando disse: “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós”. Mateus 7:1-4. “E porque vês o arqueiro no olho do teu irmão.” Jesus não nega que houvesse um arqueiro no olho do meu próximo, mas pediu que eu me preocupasse primeiro com a trave que está no meu olho. Mas, e então, como se libertar do espírito de julgamento? O espírito de julgamento deixa de existir quando reconheço minhas próprias faltas, e como sou carente do amor e graça de Deus. Graça essa que é estendida, oferecida a todos os homens.

I-                   A GRAÇA É PARA TODOS


“Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio à graça sobre todos os homens para justificação de vida.” (Romanos 5:18).  O texto diz que somos justificados pela graça de Deus.
O Novo dicionário bíblico diz que: “Justificar” (em grego, dikaioõ) é um termo forense que significa “absolver”, “declarar justo”, o oposto de “condenar” (Deut. 25:1; Prov.17:15; Romanos 8:33) A justificação é um ato próprio do juiz.
Através desse ato de Deus, hoje podemos viver em Jesus, no seu amor.  O Estar em Cristo é viver em amor uns para com os outros, reconhecendo suas próprias limitações, dificuldades e fraquezas. É estar diante de Deus com uma postura de humildade reconhecendo a graça
Do Senhor, o seu perdão e aceitação, e reproduzindo efetivamente ao próximo a mesma atitude de Deus. Paulo disse:Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica”.Romanos 8:33
Como podemos amar mais, julgar menos, e agir como Deus age conosco?
Envolvimento, cuidado, interesse em ouvir as lutas do nosso irmão com um espírito desprendido de julgamento, se identificando com um espírito de aceitação e olhar misericordioso, compressivo e terno. Encarnando o amor de Deus através de nossa própria vida. Enxergando no outro a graça de Deus que alcança a todos os homens, libertando-os de
qualquer acusação e julgamento. “Aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele.” I João 4:16

“Não sou o que posso ser, não sou o que devo ser, não sou o que quero ser; mas agradeço a Deus porque não sou o que outrora era, e posso dizer como o grande apóstolo:“Pela graça de Deus, sou o que sou” John Newton (Livro: Pérolas para a Vida)

II-                EU NÃO SOU JUÍZ!

Se você não pode contribuir para edificar a vida do irmão, então não diga nada, não julgue.
Prefira incentivar a criticar. É sempre mais fácil ficar de lado e atirar pedras naqueles que estão servindo do que envolver e contribuir. Deus nos adverte repetidamente que não critiquemos, comparemos ou julguemos uns aos outros. Quando você crítica o que o outro crente está fazendo na fé, e com sincera convicção, está interferindo nos assuntos de Deus:
Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
Que direito você tem de criticar o servo de alguém? Somente Deus pode decidir se ele está fazendo o que é certo.” (Tiago 4:11-12)
Paulo acrescenta que não devemos julgar os crentes com convicções distintas das nossas. Porque, então, você crítica as ações do seu irmão? Todos seremos julgados um dia, não com base nos padrões uns dos outros, nem mesmo pelos nossos padrões, mas pelo julgamento de Deus. Assim, pois, cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus. Romanos 14:12-13Portanto não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não por tropeço ou escândalo ao vosso irmão”.
Quando julgo o meu irmão, estou contribuindo para a perda de minha comunhão com Deus.
Observemos Jó e seus amigos acusadores que pretendiam ser os porta-vozes de Deus. Eles tinham certeza que por traz de toda dês-graça da vida de Jó havia o pecado não confessado a Deus. O interessante é que foi necessário que seus amigos se calassem para que Jó escutasse a voz de Deus, e entendesse que a resposta de Deus para ele era bem diferente daquela oferecida pelos seus amigos.
Da mesma forma, nós precisamos desistir do nosso espírito de julgamento e confiar no julgamento de Deus que é bem diferente de nossa própria avaliação sobre o outro.
Como diz Paul Tournier: “Sim, as coisas que Deus reprova no secreto de nosso coração são geralmente muito diferente das que os homens condenam!”, os homens são injustos e superficiais, Deus vê o coração.

III-             ACEPÇÃO DE PESSOAS

“Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas...”

Certa vez ouvi de um amigo que morava em Juiz de Fora – MG, que o pastor de sua igreja se vestiu de mendigo, sem que ninguém tivesse tomado conhecimento, pois na verdade essa experiência serviria de ilustração pra sua mensagem. O pastor queria saber qual a reação daquelas pessoas ao se confrontarem com um mendigo sujo e mal cheiroso sentado á entrada da igreja. Pois bem, ninguém percebeu que ele era o mendigo ali sentado, muito poucos olharam em sua direção, julgando realmente ser um mendigo qualquer. Se soubessem que ele era o pastor da igreja, qual teria sido a reação daquelas pessoas? E na verdade, se acontecesse aqui em nossa igreja, qual seria a sua reação ou a minha? Tiago 2: 8-9 diz:Todavia, se cumprirdes, conforme a Escritura, a lei real: Amarás a teu próximo como a ti mesmo, bem fazeis.  Mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, e sois redargüidos pela lei como transgressores”

Disse Mattew Henry: “Não devemos impor nenhuma condição para a aceitação de nossos irmãos, a não ser as que Deus impôs”

Segundo um artigo do pastor Cáio Fábio ele escreve o seguinte: “...Não julgueis...(a alma do próximo e sua vida com Deus) pois com a medida com que medes o outro, com está medida seras também medido...Toda a realidade, por mais objetiva que seja, é falsificada pelo nosso olhar. Assim, o julgamento do próximo, de sua alma, é com a presunção de pretender ser Deus na interpretação do outro,e infalivelmente será “projeção” do próprio ser que julga. Desse modo, o mundo de fora, quase sempre é a projeção de nosso mundo interior. Sim, o mundo fica do tamanho de nossas medidas interiores. O caminho de fora é sempre determinado pelo de dentro.”

CONCLUSÃO:
A questão é que todos os homens acreditam que ao fazerem seus julgamentos, esses espelham aquilo que seria o julgamento do próprio Deus. Crêem tão firmemente conhecerem o bem e o mal, o certo e o errado que quando julgam a conduta,  o proceder, o agir e o pensar de alguém é exatamente como Deus o faria, pensam eles. Mas pelo contrário, a palavra do Senhor nos adverte: “Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é o Senhor para o firmar”. (Romanos 14:4)

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