Aquele que...

Aquele que tentou e não conseguiu é superior àquele que nada tentou. (Bud Wilkinson)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O CONSTANTE DESAFIO COM A CRIANÇA


É enganoso acreditar que por que as crianças, juniores e adolescentes tem acesso a informação elas são capazes de fazer tudo autonomamente, em muitos casos tem mesmo o conhecimento, mas não sabem o que fazer com ele e cabe a família em parceria com a igreja, instruir tanto as que se mostram conhecedoras como as que necessitam da instrução básica.
Ensinar crianças é tarefa prazerosa para aquele que se dispõe a obedecer à ordem de Cristo para “pregar o evangelho a toda criatura”.  (Marcos 16:15). Alguns julgam que não são preparados para exercer tal ministério, outros embora sintam-se preparados não dispõem de tempo. Ambos precisam saber que Cristo valorizou crianças e dedicou a elas o Reino dos céus.
“prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda longanimidade e ensino.” (2 Tim. 4:2)

I - QUAL A VISÃO DE JESUS QUANTO Á IMPORTÂNCIA DA CRIANÇA. E QUAL TEM SIDO A VISÃO DA IGREJA?

Jesus dedicou atenção as crianças, ele as recebeu e tratou com respeito mesmo com todas as ocupações que possuía.
Ele andava cercado por pessoas necessitadas de cura e atenção, os discípulos não sabiam que crianças também têm as mesmas necessidades dos adultos, elas também têm sede de Deus.
Quando as crianças aproximaram-se de Jesus, foram acalentadas em seus braços (Marcos 10:16), receberam as mãos do mestre em suas cabeças. Foram ministradas, valorizadas.
Jesus é o mestre dos mestres, ele sabe o valor de cada criatura. Ao receber as crianças em seus braços Jesus nos ensina que:

- O reino dos céus pertence a elas, essa é a razão pela qual devemos zelar pelos pequeninos.
Satanás sabe que delas é o reino e por isso investe grandemente nas crianças, a fim de desviá-las. Ele tem usado armas cruéis para destruí-las, atualmente temos visto diversos crimes contra crianças, nunca dantes se ouviu falar com tanta freqüência em pedofilia, infanticídio e outras tantas crueldades que acometem os pequenos. Destroem a alma, geram feridas que dificilmente são cicatrizadas.
Precisamos andar depressa para garantir que as crianças não sejam privadas de fazerem parte do Reino que é delas, precisamos correr para evitar as feridas e para curar as que já foram feitas, vamos informá-las que o Reino de Deus pertence a elas, vamos conduzi-las através do ensino da Bíblia.

- Precisamos acalentar e impor mãos santas sobre nossas crianças.
As crianças devem ser alvo constante das nossas orações. Devem ser ministradas e não apenas cobradas para que se comportem como adultos em miniatura.
A tolerância precisa ser exercida para com elas, precisamos tratá-las com o carinho e o respeito que Cristo as tratou. Crianças não atrapalham o andamento do culto, elas também prestam culto com características que lhes são próprias (alegria, espontaneidade, risos, passos apressados.)
Jesus as segurou nos braços, dedicou tempo, exigiu respeito por elas e ministrou. Que imagem linda aquelas crianças guardaram do mestre. Ele era tudo o que os pais e responsáveis em levá-las a Cristo naquele dia, haviam dito e para algumas crianças ele foi ainda muito mais.
O que você tem falado de Cristo para sua criança? Ele é apenas um Deus que castiga?
Recebi uma criança certo dia em minha sala, na escola onde atuo, que me contou um fato para ela “estranho” que aconteceu em sua casa. Segundo aquela criança, Deus havia castigado sua irmã tomando-lhe R$5,00, que ganhara de sua mãe, e colocando R$ 0,10 em seu lugar. E ela estava convicta que Deus havia feito aquilo, pois sua irmã costuma ‘bater’ nela, então Deus resolveu que era hora de castigá-la.
Pode soar engraçado, mas é preocupante, Deus tem sido o “castigador” para algumas crianças, quando na verdade devemos ensinar sobre os grandes feitos que Ele tem realizado entre nós.
Qualquer crente em Jesus, que tem a vida cristã autêntica está apto a ensinar a crianças sobre quem é Jesus, afinal, quem não tem uma criança em sua casa, ou no trabalho ou na vizinhança? Se você não falar de Cristo para ela, outro a desviará do Reino.
A Igreja Batista Dois de Julho é privilegiada no que diz respeito ao trabalho com crianças, contamos com classe de brinquedos, escola bíblica, com estudos selecionados que atendem a nossa estrutura de educação cristã para crianças, além de um espaço reservado para que elas cultuem ao Senhor como sabem fazer e como Ele ama receber, onde são instruídas a orar, dedicar dízimos e ofertas, a louvar e aprender a Palavra de Deus.
Certamente a igreja colherá frutos, tendo juniores e futuramente adolescentes cada vez mais comprometidos com o momento de culto e prestando o verdadeiro culto racional.

Nosso maior desafio tem sido agregar pessoas que além de uma vida cristã íntegra, estejam dispostas a se doar no ensino da Palavra a crianças.
É um trabalho difícil, pois na atualidade, somos estimulados a obter respostas instantâneas e no trabalho infantil, as respostas chegam a longo prazo, na formação do caráter, princípios bíblicos, enfim, mas garanto, são respostas que em sua maioria permanecem.
É maravilhoso constatar que um aluno seu de EBD hoje é um líder, ele leva um pouco de nós com ele, e de forma alguma, nunca esquece quem dedicou-se a ensinar-lhe a sã doutrina.
II - ESTAMOS PREPARADOS PARA O DESAFIO DE ENSINAR A CRIANÇA HOJE?

Se você tem dúvidas quanto a estarmos preparados para ensinar crianças, pedirei que medite em (Mateus 5:13) “Vós sois o sal da terra; ora, se o sal vier a ser insípido, como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para, lançado fora, ser pisado pelos homens.”  Se a igreja imaginar que não está pronta, então deixou de salgar.
A nossa missão como igreja é ser sal, precisamos aceitar que a igreja é a única que não pode, de forma alguma, se esquivar de ensinar as crianças, aos portadores de necessidades especiais, aos que precisam abandonar a condição de drogados, aos ditos ‘normais’, aos marginalizados, a todos os que a ela vierem ou que ela alcançar.
As crianças são sinceras em sua fé, se receberem o ensino da Palavra de Deus, são capazes de dedicar com sinceridade as suas vidas e são excelentes em fazer discípulos, sem contar que, não existem seres mais gratos e capazes de expressar carinho que elas.
Para ensinar crianças é indispensável crer que elas precisam de Cristo e que se a igreja não investir, outros investirão, pois todos sabem que é terreno fértil.


III - QUAL O PAPEL DOS PAIS E DA IGREJA QUANTO Á EDUCAÇÃO DA CRIANÇA?
Marcos Tuler, autor do livro “Abordagens e práticas da Pedagogia Cristã” diz que:

“A igreja não pode abrir mão da Escola Dominical sob pena de vir a perder seus filhos para o mundo. E isto é pouco, pois, enquanto a igreja tem as crianças por apenas duas horas, todos os domingos, os mestres seculares contam com elas todos os dias da semana. Investir na Escola Dominical, portanto, é mais que um dever. É prioridade nos dias atuais”

Nosso tempo com as crianças na nossa igreja é um pouco maior, elas são ministradas durante 3 horas pela manhã e em torno de 2h à noite, aos domingos, mas ainda assim, comparados com o secular, estamos em desvantagem, portanto, no período em que elas estão na igreja, buscamos ensinar os princípios bíblicos tanto na EBD quanto nos cultos, a fim de fortalecer o caráter cristão das crianças para que decidam-se por Cristo o mais cedo possível.
Mas a família ainda tem mais tempo com as crianças que a igreja e os professores seculares, e cabe a ela, trazer as crianças para a igreja e instruí-las no dia-a-dia, Moisés orienta a família que faça do ensino bíblico algo constante em suas casas.

“E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te.”  (Deut. 6:6 e 7)

No lar onde os pais são convertidos, o ensino da palavra deve iniciar-se em casa e continuar na igreja. A palavra de Deus deve ser “encucada” nas crianças, a fim de que permaneçam firmes diante das constantes investidas de Satanás.
O apóstolo Paulo ao escrever a Timóteo em sua segunda carta, relata a recordação da fé sem fingimento de Timóteo, presente primeiramente em sua avó Lóide e depois em sua mãe Eunice, fé passada de geração em geração naquela família, e que precisa ser vivenciada nos lares da nossa amada igreja a cada dia, a fim de produzirmos cristãos sinceros que adoram a Deus em “espírito e em verdade” bem como fizeram os seus pais.

Conclusão
Jesus não decepcionou os que ensinaram sobre Ele para aquelas crianças, ele as recebeu, envolveu nos braços e abençoou. Ele espera que as crianças sejam ensinadas na sã doutrina, e que sejam tratadas com amor e respeito assim, como Ele mesmo fez.
Helena Cristina - Educadora Infantil da Igreja Batista Dois de Julho
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